A série Eukaryotas é composta por placas de concreto que eu moldo uma a uma de maneira que o formato não se repete. 

Pintar nesse suporte é, de certa forma, uma inversão em parte do meu processo, porque ao invés de criar textura só com a tinta, e pintar em uma superfície plana, eu crio no próprio suporte, resultando em formas orgânicas, pesadas, e com diversas variações de expessuras. 

Essa série busca, de forma não realista, retratar plantas, que geram algum interesse plástico pra mim e que eu me relaciono de alguma forma…, que vivem ou já viveram comigo, ou que eu esbarro pelo caminho. 

Eu não as vejo como natureza-morta, encaro essas pinturas como retratos, que ao invés de retratar pessoas, retratam plantas.